sexta-feira, abril 02, 2010

A triste situação do Sport Clube Gaúcho, de Passo Fundo.

Lendo o excelente blog, de um grande jornalista e radialista esportivo, Wianey Carlet, me deparei com uma situação que poucos torcedores devem saber. A tristre, extremamente triste, situação que passa o Gaúcho de Passo Fundo, uma entidade quase centenária. Um torcedor do Gaúcho enviou um e-mail ao Wianey relatando como está o clube de 92 anos.

Segue Abaixo o post do Blog do Wianey:
    “Caro Wianey: como sabes, nosso glorioso Sport Club Gaúcho, de Passo Fundo, completará em 12 de maio, 92 anos de existência. Um clube de tradição e querido na região. Este mesmo Gaúcho há três anos agoniza. Não quer morrer. Perdeu seu patrimônio composto pelo estádio e o departamento social. Quatro piscinas abertas, uma piscina térmica e sauna, além de escritório e churrascaria. Tudo foi levado à leilão, numa ação em que o clube não se defendeu. Agora tenta-s anular o leilão, mas seu patrimônio está em ruínas.

    Parecia que a extinção do clube era apenas questão de tempo. Pois este ano, dois heróis torcedores do clube resolveram colocar a camisa alviverde em campo. Foram motivo de chacota. Gilmar Rosso (presidente) e Rudimar Pedro (futebol). A Eles, apenas, são a direção do Gaúcho. O médico é um estagiário competente que, além de nada receber, ainda coloca dinheiro quando falta. O treinador Ricardo Atolini é professor de educação física e leciona em escolas da cidade, não dispondo de tempo integral para atender o clube. Os fisicultores estão lá por amor à camisa. Nada recebem.
    O grupo de jogadores tem vinte e poucos atletas, maioria jovens de Passo Fundo e região, mesclados com veteranos, alguns tinham abandonado o futebol por falta de oportunidade. O goleiro Souza, por exemplo, é extraordinário. Há tempo não se via um goleiro igual por aqui. Ele tem família em Porto Alegre onde é moto-boy e goleiro da várzea nos finais de semana. A folha de pagamento é de R$ 12.000,00, paga em dia, graças a uma rifa e um bônus oferecido pela FGF aos clubes da segundona.
     Os jogos são realizados num estádio quase amador da municipalidade de Marau, distante 30 km de Passo Fundo, e os treinos realizados na UPF ou num pequeno campo, pouco maior que futebol sete, esburacado, da Escolinha Academia Bola 10. Aliás, os jogadores de fora moram num alojamento da escolinha, que dispensou momentaneamente seus alunos até o final da segundona. É uma meia-água de tijolos sem reboco, sem o mínimo de conforto, quase indigno. As roupas lavadas e a alimentação são preparadas por um casal de zeladores da Escolinha, pagos por esta.
      O Gaúcho não cobra ingresso em seus jogos, em razão das várias ações trabalhistas existentes. Quando o oficial de justiça vai embora, o presidente passa uma caixinha e os torcedores que acompanham o clube correm para enchê-la com somas que são rateadas entre os jogadores ou para alguma viagem”.
     Waney, é comovente ver estes jogadores em campo. Quase todos possuem técnica, mas a dedicação, garra, vontade e união do grupo, apesar da quase indigência, é algo comovedor. Certa feita , escrevi um livro sobre o Gaúcho e utilizei uma frase que se aplica esses dois dirigentes. “Enquanto existir futebol, existirá o Gaúcho. Um grande abraço do Marco Antonio Damian”.

(retirado do Blog do Wianey Carlet)

É muito triste a situação deste grande Clube. Espero que as empresas e a população de Passo Fundo SALVEM esse grande Clube do futebol GAÚCHO !

Um comentário:

jean carlo dos santos disse...

é mto triste a situaçao em que se encontra o sc gaucho, sou torcedor do passo fundo, mas como passofundense torço por um sc gaucho forte, com apoio e condiçoes de representar novamente junto com o sc passo fundo a capital do planalto!