sábado, junho 22, 2013

EXCLUSIVO - Rei dos Acessos, goleiro Luciano fala sobre os 24 anos de carreira !

Foto: Jota Finkler/Assessoria de Imprensa SCSP
        Ídolo do torcedor do São Paulo, de Rio Grande, o goleiro Luciano coleciona 6 acessos nos seus 24 anos de carreia atuando por diversos clubes do interior do estado do Rio Grande do Sul, um verdadeiro especialista em subir clubes. O arqueiro foi eleito o melhor em campo na decisão do primeiro turno da Divisão de Acesso, contra o Brasil de Pelotas, no estádio Aldo Dapuzzo, quando brilhou nas cobranças de pênaltis.
       O camisa 1 falou com EXCLUSIVIDADE ao Site PELEIA FC sobre a sua carreira, os melhores momento vividos e os momentos mais difíceis, como o acidente com ônibus do Brasil-Pel, em 2009. Confira o Bate Bola, com o goleiro Luciano !


Peleia - São quantos anos jogando futebol, Luciano ?
Luciano - São mais de 20 anos como profissional, comecei aos 16 anos nas categorias de base do Pelotas, onde iniciei a trabalhar direto com o grupo profissional. Para te dizer com mais certeza são 24 anos de carreira.

Peleia - Você lembra do seu primeiro jogo oficial ?
Luciano - Lembro sim, tinha 17 anos. Foi em um jogo entre Pelotas e Caxias, onde seria decidida a liderança do interior. Eu estava na reserva do goleiro Nelson, ele fraturou uma costela e tive que fazer a minha estreia de forma forçada.

Peleia - Quais foram os melhores momentos da sua carreira ?
LucianoSão muitos, mas acredito que o melhor foi o que vivi cerca de um mês atrás (Decisão do primeiro turno da Divisão de Acesso 2013, jogo entre São Paulo x Brasil-Pel), em uma decisão importante, frente a um grande clube, onde conseguimos sair vitoriosos.

Peleia - Quantos Acessos você tem na Carreira ? 
Luciano - Ao todo foram seis acessos.

Peleia - Qual a maior dificuldade enfrentada nesta Série A2 ?
Luciano - Foi um pouco de preconceito quando cheguei aqui no São Paulo, por parte da imprensa e por parte de algumas pessoas que não acreditavam no meu trabalho.

Peleia - Como foi para você, um goleiro experiente, a decisão por pênaltis contra o Brasil, no Aldo Dapuzzo lotado e ainda ser eleito o melhor em campo por todos?
LucianoNa verdade foi um momento na minha carreira que se tornou inesquecível, por tudo que envolveu, pelo tempo que o São Paulo estava na segunda divisão e pelas dificuldades enfrentadas para alcançar o nosso objetivo, mas foi um momento maravilhoso! É bom ressaltar que tudo isso passou pelo grupo, pela comissão e pela direção. Se não tivéssemos feito as coisas corretas não teríamos chegado ao nosso objetivo.

Peleia - Você pretende seguir jogando futebol, pois após o título você disse na Rádio Guaiba que tinha feito uma promessa de parar se subisse ?
Luciano - Na verdade estou aguardando, tenho que me preocupar em cumprir meu contrato com o São Paulo que encerra em julho e a partir do dia 20 vamos ver o que vai acontecer.

Peleia - Como que é trabalhar com ex-jogadores de sucesso como Aládio e Rudi Machado ?
Luciano - É gratificante para mim. Ambos jogaram comigo como zagueiros e hoje conduzem de maneira brilhante suas novas carreiras. São amigos, verdadeiros pais do atletas e que resolvem tudo na base da conversa, com muita ajuda, então para mim é gratificante trabalhar com eles. 

Peleia - Quanto parar de jogar futebol você pretende seguir a carreira como treinador ?
LucianoNão. Isso é uma coisa que tenho bem definida na minha cabeça, vivi bons momento no futebol, mas também enfrentei muitas dificuldades, entre elas, clubes que joguei no passado e não recebi e antigamente você não podia colocar na justiça, pois ficava mal visto. Então tenho muita mágoa disso. Já passei grandes dificuldades financeiras devido ao não pagamento, até hoje tenho questões na justiça e algumas mágoas que levo do futebol. E como em toda profissão você acaba sendo traído pelos seus amigos e companheiros.

Peleia - Qual momento mais difícil da sua carreira ?
LucianoUm dos momentos mais difíceis da minha carreira foi quando sofremos aquele acidente em 2009 no Brasil de Pelotas. Ali acabamos perdendo três companheiros. Ficamos muito tempo no desfiladeiro em que capotamos, cerca de uma hora e meia, tentando ajudar os feridos e os que estavam morrendo sem ter as mínimas de fazer algo que pudesse preservar a vida deles.

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